quinta-feira, 1 de abril de 2010

A exclusão familiar do Idoso



A maoria das pessoas hoje em dia situam em empregos que ficam uma boa parte do dia fora de casa. Os jovem vão para a escola e os idosos como sempre, ficam em casa, isolados, correndo risco de acidentes e vítimas também de depressões, anciedade e outras coisas. E com isso quem tem tempo para levá-los ao médico, caminhar e outras atividades fora de casa ?
Diante dessa situação os asilos surgem como uma solução , não uma solução para o idoso e sim para a sua família que acha a melhor forma ou a melhor alternativa para não ter com o que se preocuparem, os asilos quase sempre se dá como um caminho sem volta, pois na maioria os familiares esqueçem os seus velhinhos internados.
Os horários e os comportamentos são ditados pela instituição, ou seja, trazendo para os internados amargura, tristeza e depressão, e tem conciência de que foram abandonados por aqueles que deram assistência e carinho durante muitos e muitos anos. Onde vivem os idosos perdem a auto estima e não sabem nem se quer como e com o que ocupar seu tempo torna-se somente mais um ser humano depositado e jogado naquele local. Muitos chegam a falecer, ou seja, vários morrem por desgosto.
A estrutura de grande parte dos asilos não são adequados para residência de dezenas de idosos, são casas que não sofrem nenhuma adaptação, e ainda não tem condições de prestar uma assistência adequada. São locais pequenos, corredores mal iluminados, ventilação precária, pisos, escadas e banheiros de fáceis quedas e acidentes.
Não há espaços para atividades físicas ou banhos de sol, recreação ou jardinagem e esses elementos são essenciais para uma boa qualidade de vida e melhorar a auto estima e criar um saudável ambiente social entre os velhinhos que ali vivem. A maior parte do tempo eles passam sentados, encolhidos, sem movimentação e vários adotando posições inadequadas, com os membros encolhidos. O ambiente se torna silencioso e vazio, as horas demoram a passar e muitos acham que o fim do seu sofrimento só vai acabar com a sua morte e aguardam o seu triste fim. Há casos de falecimentos em que a família não é avisada ou não é localizada.
Os caminhos para o asilo são apenas de ida, sem volta, pois os asilados são esquecidos não só pela família como pela sociedade. O asilado perde a sua individualidade, pois todo o seu tempo, todas as suas atividades são determinadas pelas normas e regulamentos da instituição. Os dias se passam e a rotina permanece a mesma, pocha que triste não ?
Os jornais mostram essa difícil realidade, com bastante freqüência.
É preciso reconhecer que existem instituições beneficentes sérias e competentes que se esforçam, vencendo várias dificuldades, para poder dar um atendimento digno e humano aos seus abrigados. O que é lamentável é que elas constituem uma exceção e não a regra e são em número reduzido face às necessidades de nossos idosos excluídos, abandonados e discriminados pelos seus “entes queridos”.

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